30 de novembro de 2011

Resultado - 165ª Semana

No novo formato do Blorkutando o resultado será postado ao longo da semana. A cada dia um texto vencedor será publicado qui no blog na integra. Espero que todos gostem e aproveitem mais o espaço. Vamos postar em ordem alfabética e dependendo do número de textos escolhidos vamos ter textos todos os dias da semana ou apenas três vezes. Até sábado teremos os outros dois textos vencedores e a partir dessa semana 166 os textos serão postados a partir de sábado. Sem atrasos.Um dos textos vencedores da semana 165 foi:

Uma Garota. Um Policial por Lí em "Hey, Hey, Garota Lií"

Não aguentava mais correr, a polícia estava sempre me perseguindo, qualquer que fosse o lugar que eu me espreitava a entrar, eles me encaravam, com suas lanternas e suas sirenes, prontos para me colocarem algemas e me levarem à delegacia.

Foi em um beco escuro que eu me descontrolei, acabei escorregando numa poça d’água e perdi o equilíbrio, quando dei por mim, já estava dentro de um carro, ouvindo um dos rapazes de roupa azul, aparentemente de idade e com falta de aptidão física, se queixando de tanto correr com seu companheiro, ele disse que se eu o fizesse de novo me daria um tiro, e ainda diria que seria por legítima defesa. O que mais eu poderia fazer? Simplesmente me acomodei no carro e observei a paisagem, nunca gostei daquela cidade, ela era muito escura, lembrava aqueles filmes sobre heróis de Hollywood, que quando uma moçinha está sendo perseguida por bandidos corre para um beco e começar a gritar por socorro, e em meio à chuva aparece um rapaz e manda os vilões largarem as armas.

Exatamente depois de vinte minutos, chegamos à delegacia, já tinha me acostumado com o banco daquele carro, me lembrava uma cama de hospital que no começo é dura, mas depois se torna confortável, em meio a essa sensação senti uma mão dura e totalmente bruta me segurando pelos braços, e uma voz bem mais grossa do que a dos policiais que estavam no carro, quando percebi já estava fora do carro, subindo uns degraus, e com diversas luzes fortes no meu rosto, eram câmeras.

Quando dei por mim já tinha entrado na delegacia e estava sentada numa cadeira, tinha alguns papéis sobre a mesa, e acabei nem ligando tanto para eles. Notei que estava vivenciando um interrogatório e que diferente de todos os meus sonhos não era eu quem iria perguntar e esperar uma resposta, e sim o contrário. Não havia ninguém na sala, mas aquela janela preta estava bem na minha frente, eu sabia que tinha alguém logo atrás dela, observando todos os meus movimentos, diferente dos meus sonhos a sala era bem maior, e também bem iluminada, a mesa era redonda ao invés de retangular, a minha cadeira era confortável e tinha uma cor não muito escura.

Ouvi um barulho de uma chave abrindo a porta, um jovem disse que estava tudo bem, e logo atrás dele havia outro homem, este com cabelos grisalhos e usando óculos, o jovem posicionou-se atrás de mim, enquanto o senhor simplesmente sentou na cadeira e abriu a pasta com os papéis que eu havia ignorado. Senti uma agulhada no meu braço, e soltei um belo de um palavrão. Bati a cabeça na mesa, e perguntei que diabos eles estavam fazendo, o homem apenas respondeu que era uma espécie de vacina que iria me fazer dizer somente a verdade, o jovem jogou fora a seringa e saiu da sala.

O senhor começou a me encarar, começou a jogar algumas imagens na minha frente, com algumas prostitutas que segundo ele tinham sido mortas por um bando de rapazes que há meses eles tentam encontrar, e que faziam parte de uma organização secreta que tinha como fundamento acabar com tudo que não preste para eles e que não dê lucros, em seguida jogou mais algumas imagens, nelas tinham algumas pessoas que sofreram queimaduras de terceiro grau, mas que ainda estavam vivas, segundo ele moradores de rua. Fiquei parada, observando os movimentos daquele homem que não parava de contar sobre esta organização, como se eu não soubesse de nada, havia me cansado de ouvir sobre eles, então deitei a cabeça na mesa e comecei a encarar o senhor, ele cruzou as mãos e botou-as embaixo de seu queixo, como se estivesse pensando, e disse que iria parar de falar de algo que eu já conhecia sobre, e pediu para que eu contasse tudo para ele, até onde os rapazes estavam.

Mas que diabos, foi o que eu pensei, como um policial desses pode achar que eu iria revelar onde eles estão? Ia debochar da cara dele, quando senti uma sensação estranha, um desconforto no estômago, na minha mente, as palavras não iam sair da forma que eu queria, lembrei, era a maldita injeção que o jovem havia me dado, o velho começou a rir e disse que sabia que eu iria esquecer daquilo, então prosseguiu e pediu para que eu contasse tudo.

Sem me controlar, acabei contando tudo o que sabia, comecei a chorar, e sentia toda a minha maquiagem saindo, e as palavras saiam de forma que eu não podia segurar, disse a ele que um deles era um parente e havia me dado a proposta de dinheiro fácil e na época eu estava desempregada, admiti que fiquei encantada com a proposta, e como um de nossos melhores amigos tinha morrido por causa de uma prostituta revoltada por não receber o pagamento do serviço, decidimos começar por essa raça, e motivados pela adrenalina de matar, resolvemos acabar com o sofrimento dos moradores de rua, o mais incrível era encontrar dinheiro de pessoas que jamais imaginaríamos ter, e que graças a isso, conseguimos encontrar mais pessoas que também estavam dispostas a matar, o pior de tudo é que algumas não se controlavam e acabavam matando que não merecia, isso irritava muito, e hoje era o dia de aniquilar esses imbecis, até que alguns policiais haviam nos visto.

O senhor parou o meu discurso e percebeu o sorriso no meu rosto, ele levantou a minha cabeça que estava encostada sob a mesa, e apenas perguntou, onde eles estão? Eu sabia que o soro não iria me deixar mentir, mas uma proposta não seria nada mal naquela ocasião, até por que com o dinheiro que eu havia juntado poderia muito bem viver em paz por alguns meses, foi então que olhei para ele, com toda a maquiagem borrada, e apenas disse que se me deixasse em paz e os levaria até eles. Ele concordou, e então se virou para a janela preta, e disse para o jovem entrar na sala, para me remover da cadeira e me pôr no carro.

A sensação de estar numa cama de hospital voltou, mas dessa vez a única diferença é que eu sabia para onde estava indo, ia me lembrando da rua por algumas cenas, até por que sempre mudávamos de esconderijo para evitar a proliferação de pessoas diferentes, e só algumas continuavam a participar da organização. Foi assim, que eu os guiei e comecei a imaginar como seria a minha vida a partir desse momento, sem ver sangue, sem ver fogo, sem correr atrás de alguém e principalmente sem ver a policia.

Quando chegamos ao local, que estava como de costume escondido em meio às árvores, o jovem abriu a porta do carro, e pediu para que eu me retirasse e mostrasse onde era o nosso esconderijo, imediatamente pedi para que ambos me acompanhassem, e em meio a galhos batendo em minha face, e lama prendendo os meus pés, mostrei a eles o caminho e quando chegamos lá, tudo estaria perfeito, se não fosse por um motivo, aquela velha usina estava totalmente coberta por cinzas, por sangue, e havia diversos corpos jogados ao chão, com o seguinte dizer: “extermine algo e este algo te exterminará”, imediatamente comecei a correr, mas o senhor me perseguiu e me jogou ao chão e disse que o trato estava desfeito. Naquele momento todos os meus pensamentos foram embora, e acabei apagando.

Texto por: Lií do blog "Hey, Hey, Garota Lií
Um dos vencedores da semana 165 do Blorkutando.

19 de novembro de 2011

Tema - 165ª Semana

A sugestão desta semana é: "Narrativa em 1ª Pessoa"

A partir dessa semana os temas do Blorkutando não são mais obrigatórios. Você pode escrever sobre o que você quiser e cadastrar aqui para participar da semana. A única coisa que vamos sugerir é o formato do texto. Todos os temas passam a ser livres e cada semana passa a ter sua sugestão de formato. Além disso os textos vencedores serão publicados na íntegra ao longo da semana no blog do Blorkutando.

O formato sugerido essa semana é a narrativa em primeira pessoa. Lembrem-se é apenas uma sugestão. Dito isso, comecem a escrever e boa sorte!

Escreva e poste o link aqui nesse tópico ou no perfil do facebook até 6ª feira (25/11) e o resultado sai no blog do Blorkutando sábado (26/11).

Resultado - 164ª Semana

Um Novo Dia em "Cartas para Você" por Duda Almeida
Os dias passaram de uma forma inacreditavelmente rápida. Meu olhar pela fresta da janela consegue ver claramente os raios de sol e as flores que acabaram de surgir. A vida continuou. A sua vida continuou. Mas, a minha ainda tenta seguir em frente. As verdades, ainda ecoam em minha mente. Tentei mudar de cidade, ficar longe e tentar esquecer. Um plano fracassado. Tentei o plano B, C, D, e várias letras do alfabeto. Nenhum deles funcionou. [...]

Cause You Make me Feel em "Pulo de Pipoca" por Lívia
Não se assuste se me encontrar estática com os olhos arregalados, olhando para o nada. Sem piscar. Quando olho para o nada mergulho em mim mesma e esqueço tudo a minha volta.O nada onde fixo meus olhos é como um grande telão branco de cinema, perfeito para a projeção dos milhares de “filmes-memórias” que existem em minha mente. Analiso cada cena para descobrir algum detalhe que deixei passar. [...]

Vamos falar de Amor? em "Refúgia das Palavras" por Iasmin Cruz
Diante as várias formas desse sentimento, quero falar de um essencial, o AMOR PRÓPRIO. Baseado nisso, eu pergunto: Você se ama? Você está feliz com o que você é? Você está bem com seu corpo? Eu creio que muitas diriam NÃO, muitas queriam mudar algo ou tudo. Mas uma coisa eu aprendi com a vida: se você não se ama, não pode amar ninguém. Se amar, está bem consigo mesma é a peça chave para amar alguém, para conviver com o outro, para ser feliz. [...] 

O Primeiro (e último) Aniversário de Osmilda em "Vidas em Crônicas" por Vagner de Alencar
Durante 40 anos de idade, ela nunca tivera comemorado sequer uma única festa de aniversário. Aquela seria a primeira e a derradeira de sua vida. Toda vida Osmilda fugira de festejos. Definitivamente não gostava deles. Surpresas, nem pensar. Aquela noite, iluminada por uma imensidão de estrelas que formavam sombras na estrada de chão batido de terra vermelha, deixou também a sombra e a lembrança duma data que, por mais que se queira, jamais será esquecida. [...]

Uma Noite na Ópera em "Wink!" por Mia Sodré
Ela sabia que era tarde. Sua alva pele aos poucos se transformava naquilo que sempre detestou - plebe, comum. Era um movimento repetitivo, uma espécie de autotortura que fazia ao confrontar-se consigo mesma, ao confrontar-se com sua verdade velada em espelhos. Estava, aos poucos, envelhecendo e toda a maldade de seus pecados ocultos e ininteligíveis se reuniam para lhe assombrar à frente daquela superfície espelhada que fora um dia tão admirada por revelar um ideal grego de outrora. [...]

Peoples change. Memories don't  em "Yet Love" por Dinha Cavalcanti
Eu estava cansada. Sim, fisicamente, psicologicamente e emocionalmente cansada. As várias noites sem dormir me deram olheiras enormes e escuras, rosto pálido e olhar vago. Meu corpo todo desejava apenas alguns minutos desligados da mente que trabalhava a todo vapor. As memórias vinham sem misericórdia, sem escrúpulos e me atormentavam noite e dia, em uma sequência de imagens que alternavam entre alegria e tristeza, alegria e tristeza. Raramente eu conseguia fechar os olhos e ver apenas um cenário preto. [...]
Obrigada a todos que participaram essa semana e parabéns aos escolhidos! Até breve com o novo tema e fiquem de olho nas mudanças que vem por ai. :)

12 de novembro de 2011

Tema - 164ª Semana

O tema desta semana é: "Pauta Livre #05"

O espaço é seu, as linhas são suas e a criatividade também. Semana de pauta livre! Disserte, escreva um conto, desabafe, mande uma carta! Escreva o que quiser e mande seu post pra gente!

Escreva e poste o link aqui nesse tópico ou no perfil do facebook até 6ª feira (18/11) e o resultado sai aqui no blog do Blorkutando sábado (19/11).

Resultado - 163ª Semana

Essência em "Di-Lua" por Lary
Para muitos não passava de uma casa no meio do nada, para mim, era no meio do tudo. Junto com a natureza, com os animais, com o desapego, com o sentimento, com Deus, e com o mais importante, comigo mesma. A vida na cidade grande tinha me transformado em um ser que eu não conhecia, e agora estava me descobrindo e me reinventando no meu novo lar. [...]

Em Busca da Felicidade em"Escrito por Extenso" por Romário Cavalcante
Correram em direção a casa. Ela lembrava inverno na casa da avó. No entanto estava suja e pouco iluminada. Dentro não havia nenhuma mobília, a não ser um velho baú vermelho no centro da sala, bem visível a quem entrasse pela porta principal. Havia um cachorro, também, que babava muito. Devia ser esse o monstro babão, pensaram eles. Mas de monstro ele não tinha nada. Balançou o rabo com uma alegria contagiante, assim que os viu. [...]

Uma Casa no Meio do Nada em "In My Place" por Leila Hani
De repente o tempo pareceu passar mais lentamente. Não, na verdade parecia retroceder; o simples fato de pisar naquele chão me fez voltar anos, era como se as lembranças da minha infância fossem imagens se movendo numa grande tela de cinema. Apesar de consideráveis anos terem transcorrido desde que deu as costas aquele lugar, ele permanecia praticamente inalterado. [...]

5 de novembro de 2011

Tema - 163ª Semana

O tema desta semana é: "Fotografia #04"


"Uma casa no meio do nada"
 
Escreva e poste o link aqui nesse tópico ou no perfil do facebook até 6ª feira (11/11) e o resultado sai no blog do Blorkutando sábado (12/11).

Resultado - 162ª Semana

Essa semana tivemos apenas uma participação, mas vamos postar assim mesmo. O Halloween passou e apenas ela se interessou em escrever um conto sobre. Quando pensei no tema e decidimos usá-lo pensei que com tanto apelo no meio para vampiros, fadas, zumbis que o tema iria atrair mais participantes. Com filmes, séries e diversos livros que exploram esse universo... Mas não. Acho que estava enganada quanto a isso. De qualquer forma fiquem com o texto da semana:

3 P.M. em "Wink!" por Mia Sodré
Quando eu era pequena, minha mãe sempre dizia para ter cuidado à noite, porque - segundo ela - coisas estranhas aconteciam. Ela dizia que o Diabo estava sempre passeando pela Terra, rondando os humanos e espreitando por uma brecha onde ele pudesse entrar e trazer destruição. Nunca compreendi o que minha mãe dizia, mas sempre ouvi seus conselhos e nunca havia saído da cama à noite; até hoje. [...]
Obrigada a Mia por participar e gostaria de deixar um lembrete: quem quiser participar do sorteio do livro "Anna e o Beijo Francês" que o Blorkutando em parceria com o Cultivando a Leitura está sorteando ainda dá tempo a promoção vai até dia 12/11 e em menos de um minuto você está concorrendo. Além disso não deixem de conferir a outra promoção onde você escolhe qual livro vai ganhar, aqui. Até mais com o tema! Amanhã é dia da coluna de dicas, não se esqueçam!